Atlas


Ando meio sem tempo de ser criativa porque até para produção é necessário o descanso. Parece paradoxal, e por que não? Cansaço físico e mental mata. Eu não sabia disso, mas já descobri. Descansar é fundamental para o ócio e certamente por essa razão não estou escrevendo aqui.
Não seria falta de inspiração, mas falta de energia mesmo. Energia vital! Aquela que te dá forças para levantar pela manhã e enfrentar um trânsito louco com o estômago ainda embrulhado por causa do cafezinho corrido matinal. A mesma que te faz ficar horas espremido no metrô ou em pé no ônibus cheio.
A que te sacode quando ao chegar ao trabalho você se depara com mil pendências e milhões de problemas para resolver, decisões difíceis a tomar ou coleguinhas chatinhos que te enchem a cabeça. Sabe do que estou falando? Da ENERGIA!
Se depois de um dia desses estressantes você ainda tem forças de voltar para casa é porque por sorte se alimentou bem. Há dias, porém em que sua vontade é simplesmente se jogar em qualquer lugar e só dormir. Criar forças e acreditar na esperança de que o outro dia se revele menos penoso que o que passou.
Paremos com isso. Que seja o fim. Que termine a era da escravidão remunerada, das cobranças excessivas, das metas inatingíveis que muitas vezes nós mesmos nos impomos. Chega! Acordemos para a vida e observemos que perdemos tempo com coisas fúteis e nada importantes. Ganhar dinheiro é bom demais, deixar de viver por causa dele não vale a pena, e nem é inteligente se observarmos a lógica disso.
Que o tempo de dedicação extrema e excessos em qualquer área da vida –mesmo que seja nos estudos, por exemplo – não nos tire o prazer de viver e de apreciar o que realmente importa, o belo. A beleza de viver e não apenas existir.
Não somos robôs e não deveríamos nos submeter a tal situação. Por quê mesmo queremos ser super woman ou super man? Para nada! Não muda nada! Os heróis estão sempre negando a si mesmo e aos que verdadeiramente amam. Até onde se anular pelo outro ou por qualquer coisa que deseja traz sua felicidade?

Se estiver se sentindo como Atlas, carregando o mundo nas costas, jogue o globo para o alto e pegue só o que te compete. Não carregue tudo nas costas porque na verdade, você não está saindo do lugar e, no fundo, bem no fundinho, você sabe que não está fazendo nada bem; e que  a longo prazo ficará sem energia vital! 

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