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Mostrando postagens de 2013

O lado negro

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O lado negro escondido, intocável, imutável. A parte feia que se esconde, que se oprime, que se mata. O seu outro eu. Seu lado imperfeito. Sua parte má, seu pedaço podre, sua alma feia. Seu cisne negro que se esconde atras de uma ave alva. O fétido e mortal comportamento perfeito, a dissimulação descarada, essa cara lavada. Esse cisne manchado, essa ave fingida. Esse branco defeituoso escondido em tua vida. Ave negra egoísta, ave assassina, ave homicida, ave maldita. Esse negro opressor, mentiroso e covarde. Esse lado ruim, lado de dor. Essa parte quebrada, incomum. Em raros momentos aparecem, em pequenos detalhes se encontram lapsos do cisne defeituoso. Cisne fingido, cisne mal. Engana os outros através da pureza maligna, da bondade impura, por puro prazer. Habilidoso cisne negro que se esconde numa capa benevolente, num rosto clemente, num corpo frágil. Cisne maldito, cisne negro misturado e entranhado no bem de forma inseparável, insondável, indivisível, impossível consertar

Carta de Despedida

Despedida Eu sempre fui assim, muito sem jeito com despedida. Pensei no que diria quando te visse partindo. Juro que eu queria ter falado mil coisas. Queria ter lembrado cada momento que vivemos juntas e gostaria de ter falado muitas coisas que pensei e nunca tive coragem de dizer. E como não sou boa para mostrar sentimentos - e nem quero ser - resolvi escrever. Aproveito a boa e velha tradicional cartinha que já muito foi usada para expressar meus últimos momentos contigo. Quero te pedir que não se esqueças, jamais, dos cafés das quatro, das mensagens instantâneas piscando no nosso monitor todo o dia, dos olhares ansiosos que trocávamos das nossas baias sempre que queríamos conversar. Era só eu olhar pra trás que já te via e a gente já se entendia. Olhares que falavam mais que qualquer palavra por causa da cumplicidade que sempre tivemos e dos momentos ímpares que vivemos em todo esse tempo. Não se esqueça  dos almoços demorados e da eterna ladainha  quando reclamávamos da noss

Atlas

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Ando meio sem tempo de ser criativa porque até para produção é necessário o descanso. Parece paradoxal, e por que não? Cansaço físico e mental mata. Eu não sabia disso, mas já descobri. Descansar é fundamental para o ócio e certamente por essa razão não estou escrevendo aqui. Não seria falta de inspiração, mas falta de energia mesmo. Energia vital! Aquela que te dá forças para levantar pela manhã e enfrentar um trânsito louco com o estômago ainda embrulhado por causa do cafezinho corrido matinal. A mesma que te faz ficar horas espremido no metrô ou em pé no ônibus cheio. A que te sacode quando ao chegar ao trabalho você se depara com mil pendências e milhões de problemas para resolver, decisões difíceis a tomar ou coleguinhas chatinhos que te enchem a cabeça. Sabe do que estou falando? Da ENERGIA! Se depois de um dia desses estressantes você ainda tem forças de voltar para casa é porque por sorte se alimentou bem. Há dias, porém em que sua vontade é simplesmente se jogar e

Criatividade

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Alice: Estou caindo num buraco escuro... Então vejo criaturas estranhas. Será que estou ficando maluca? Pai de Alice: Eu acho que sim! Você está maluca, pirada, perdeu um parafuso... Mais vou lhe contar um segredo: as melhores pessoas são assim

Pollyana

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O jogo é exatamente encontrar, em tudo, alguma coisa para ficar contente, não importa o quê" Pollyana Quando li Pollyana - de Eleanor H.Porter - confesso que fiquei profundamente irritada. A protagonista é uma típica menina chata, com uma vidinha medíocre e fortes tendências depressivas (kkk foi forte minha descrição, mas ela me irrita mesmo).  A indicação do livro veio através de uma colega de trabalho, anos atrás, que; percebendo meu humor nada simpático - estilo hiena hardy daquele desenho Lippy & Hardy (Oh céus! Oh vida! Oh azar! Isto não vai dar certo!”); encarecidamente solicitou minha leitura para nossa convivência pacífica. A brincadeira sem graça da Pollyana começa quando a menina sonha exaustivamente com uma boneca e ganha um par de muletas.  Ela então aplica as regras do jogo que seu pai havia lhe ensinado -  o “jogo do contente”, -  e se desdobra em tentar justificar que está feliz por não precisar das muletas. E a narrativa segue com Pollyana faze

Asas da Alva

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Um pouquinho do que sinto hoje :) Falando com Deus ...
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Da Felicidade: "Quantas vezes a gente, em busca da ventura, procede tal e qual o avozinho infeliz: Em vão, por toda a parte, os óculos procura, tendo-os na ponta do nariz" Mario Quintana

Tensão

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Essa agonia sorrateira que brota quando estamos com pressa, somos pressionados, precisamos concluir, terminar, sermos eficientes, eficazes, precisos, equilibrados. Esse desespero que nasce quando equilibramos conflitos, estresses, relacionamentos, desafetos, ciúmes, invejas, desentendimentos, orgulhos, feridas, indiferenças. Esses momentos difíceis e estéreis de nervoso quando mediamos  o excesso, a demanda, o mal, coisas ruins, momentos sozinhos, gente má, gente doida, ócio, trabalho, muitas coisas E controlamos, ou ao menos inutilmente tentamos ser sóbrios, sãos, dóceis, justos, bons, perfeitos, santos, anjos... Ou não... ou simplesmente quebramos tudo, chutamos o balde, puxamos a mesa,  gritamos ao quatro cantos só pra ver no que tudo isso dá.

Jardim

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Na entrada daquela velha casa de madeira, uma minúscula varanda abarrotada de flores de diversas cores e espécies. Vasos de plásticos coloridos ou simplesmente os tradicionais vasos de barros, adubo, terra e minhoca. O cheiro de madeira velha se misturava ao velho e conhecido cheiro de terra molhada.   Suavemente, na entrada da casa, para ser preciso, sentia-se um leve cheiro de lavanda. Quem olhava da varanda via um imenso jardim de flores amarelas e enormes girassóis e, portanto, fartava-se de flores, cheiros e cores. E era naquela harmonia natural   que todas as manhãs, ao nascer do sol, ela recebia a visita de um lindo beija-flor, e pequenas borboletas, o que sem dúvida, completava a cena melancólica que tanto me esforço para descrever. E voavam, e polinizavam e viviam naquele lugar. Ela somente observava seus movimentos. Ora admirada com tanta beleza natural, ora alimentando-se de nostalgia e paz.

Escolhas

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"São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos. Muito mais do que as nossas qualidades." (J.K. Rowling - Harry Potter)

Palavras

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‎ ”Palavras são, na minha nem tão humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia, capazes de ferir e de curar!”  (J. K. Rowling - Harry Potter e as Relíquias da Morte )

Chá de canela

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Um chá de consolo e paz, um leve sorriso me traz. Canela quentinha, saborosa... Necessário! Após um dia mordaz. Hum... Quero mais! Quero livrar-me da fadiga Muito sono e pouca cama Sofre mais se reclama Hum... muito mais Chá doce e bem feito Aroma forte e perfeito Sim, nesse frio nessa chuva Caiu como uma luva. Perfeito!  Meu chazinho me consola Me dá força e me alegra Me dá paz, só não me desperta  ):

Sentimento

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Parque Del Retiro - Madrid Por: Viviane Clem “Às vezes, você conhece uma pessoa maravilhosa, mas apenas por um rápido instante. Talvez em férias, num trem ou até numa fila de ônibus. E essa pessoa toca sua vida por um momento, mas de uma maneira especial. E, em vez de lamentar o fato de ela não poder ficar com você por mais tempo ou por você não ter a oportunidade de conhecê-la melhor, não é mais sensato ficar satisfeito por ter chegado a conhecê-la um dia?”  Marian Keyes

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  “É em nosso ócio, nos nossos sonhos, que a verdade submerge, às vezes vem à tona”.   Virginia Woolf