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Mostrando postagens de 2014

Fim de ano: Mês de dezembro

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Dezembro quase não existe na minha opinião. Um mês que passa tão rápido como um suspiro. De repente é Natal e quase não temos tempo para nada. Ninguém reclama muito em dezembro. Ninguém posta no facebook: dezembro seja bem-vindo ou  espero que dezembro seja melhor que novembro.  Todos sabem que será.  Ninguém se dá conta de que o ano acabou, e que subitamente, já se viveu pelo menos 365 dias. É tentador e perigoso ter consciência disso. Ironicamente é por esse breve período que paramos para contabilizar nossos momentos, validar nossas metas, refazer planos. Um mês para pensar em tudo o que se passou e refletir sobre a nossa vida, dividir momentos especiais com pessoas importantes e que amamos. Mês de fotos, festas de fim de ano, compras, presentes, férias,  encontros, reencontros, paz, alianças, tréguas. Mês de promessas, de fé, agradecimento, superstição, simpatias, expectativas. Fim de ciclo, início de outro. Recomeço. Vida. Dezembro, último mês do ano é tam

Crônicas de um homem qualquer

Sob a cama num emaranhado de lençóis brancos acolchoados, a enorme mancha de vinho. Marca de mais uma noite regada à bebida e prazer.  Os pés descalços e sujos na cama evidenciavam a longa noite agitada. Um corpo sobre o outro. Ambos nus, cansados, suados e levemente adormecidos.  O ruído que ela fazia ao dormir o despertava.  O movimento do peito ao respirar, sua pele delicada, seu rosto feminino, seus contornos suaves. Ele a tudo percebia.  Sabia que teria que mandá-la embora pela manhã. Conhecia bem o que estava por vir.  Mais uma noite se passou e como todas as outras noites, essa não foi diferente. Uma noite previsível pensara. Era apenas mais uma mulher em sua cama. Ele nada sabia sobre ela, mal lembrava seu nome. Tinha sido assim nos últimos meses. Uma rotina displicente e erótica. Uma felicidade usurpadora e dissimulada para cada uma de suas vítimas. Não se sentia vitorioso em relação às essas mulheres, não se sentia usado por elas, tampouco. Sabia que se enganava diar

Bom dia por quê?

Bom dia para mim perdeu totalmente o significado. Quem não tem o que dizer, diz apenas bom dia. Sai oco, grave, inexpressivo e sem a menor vontade de se tornar um real desejo. Hoje acredito que tenha substituído o famoso oi ou olá. Dizer bom dia, não é definitivamente desejar que você tenha um. Qual o sentido de tudo isso? Ser educado,  passional e previsível? Você entra no elevador atrasado numa segunda pela manhã e dá de cara com o vizinho. Ele diz sem olhar, bom dia. Você fecha o portão do prédio e cumprimenta o porteiro dizendo o mesmo. Chegando no trabalho, vai cumprimentando os colegas de trabalho e chefe com o mesmo inexistente bom dia. Se for a escola, segue-se o mesmo ritual e assim se repete rotineiramente o mesmo cenário. Na prática, ninguém se importa mesmo se você terá ou não um bom dia, e por isso, não desejam realmente. Fazem porque é educado fazê-lo. Um condicionamento aperfeiçoado pela sociedade ao longo dos anos vividos. Resta-me responder apenas, bom dia por q

O que você faz pra ser feliz?

Outro dia, alguém me cantou uma musiquinha super divertida depois de passar  uns dez minutos ouvindo minhas lamúrias de fim do dia. A música era algo do tipo: "Pra ser feliz, pra ser feliz, o que você faz pra ser feliz? Primeiro eu achei intrigante a pessoa responder minhas lamúrias com música, depois mais intrigante ainda foi responder com uma música tão reflexiva. Eu logicamente quis saber de onde vinha aquilo- com um sorriso amarelo, tenho que confessar - não me dei conta que era uma crítica. Descobri que a música é uma propaganda do Pão de Açúcar, chamada manifesto da felicidade, representada pela P.A Publicidade. E que música! Olhei depois no youtube o video. Achei mais maravilhoso ainda. Parabéns pelo trabalho. Interessante é que a musica é inquisitiva, saber o motivo da felicidade é primordial para ser feliz, e reconhecer que ela vem de dentro e que você provoca esse sentimento, chama a responsabilidade pelo o que acontece a sua volta ou dentro de você. O autor ainda d

O sentido das coisas

Nascemos e vivemos com planos, atividades, sonhos, idealizações. Andamos atarefados, estressados. Será que postergamos o prazer imediato em troca de pequenos sacrifícios diários? Trabalhamos um pouco mais para terminar um projeto, estudamos um pouco mais para entrar na faculdade ou para terminar aquele tão esperado MBA, que nem vai mudar sua vida; ou ainda para passar naquele concurso onde a relação candidato/vaga é de um milhão para cem vagas. Depois dedicamos grande parte dos nossos dias em atividades rotineiras, corriqueiras obrigatórias, como: calibrar o pneu do carro e fazer milhões de manutenções, limpar a casa, ir ao mercado, passar no dentista, fazer check up, voltar ao mercado (fato! Esquecemos algo?), preparar comida... Milhões de coisas loucas diárias que se multiplicam como um vírus na nossa vida. Então vem os filhos, o casamento, os pais, os amigos, os colegas e toda a sorte de relacionamentos quaisquer que tenhamos nos nossos ciclos e meio social. Seja quem for e co

Inércia

Inércia Eu me olho no espelho e permaneço inerte ao que vejo Sentada em uma cadeira, sem movimentos, contemplo meu corpo São lembranças perdidas, momentos sem graça,  um tempo recente Meus olhos parados, fixos na imagem refletida de um quase morto. Sim, um ser vazio, sem vida, um ser sem forças Sabendo que a inércia não muda o tempo presente Mantenho fixo o olhar moribundo e triste Que me leva dessa vida para um outro momento, A viagem no tempo.  Um tempo também  vazio e sem sentimento Um tempo perdido, nos anos passados, Um tempo que se esvai como o vento. Procuro a lembrança, procuro o amor, Nada me sobrou. Não! Minto, Sobrou o vazio, ficou a dor. Alucinante dor que me consome Que me irrita a garganta, que me faz pigarrear Sim, aquela dor forte no peito de quem conhece a perda. Dor conhecida que o vazio produz, dor ausente, dor ingrata Dos que recebem a visita do vazio em vida, dos que vivem mortos Enquanto ainda se tem vida.  São os

Flores Amarelas

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As flores, suas cores,  seus perfumes, seus amores... Intensas e perfeitas,  Quem seria imune a tamanha beleza? Flores amarelas, sempre belas Alegres, divertidas Joviais, esplendidas Representam sucesso,  Simbolo da realeza Maravilhas da natureza.

Alice

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“Se cada um cuidasse da própria vida, o mundo giraria bem mais depressa.”  Alice no País das Maravilhas

Café

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Delicioso em qualquer estação, não? Um pequeno despertar na manhã úmida e chuvosa. Aquecedor inebriante. Delírio. Café é no mínimo compensador para espantar a preguiça, o sono, o cansaço matinal. É também um pagamento ao entardecer pelo difícil dia de trabalho, pelos compromissos assumidos, uma agenda lotada. Um fim de tarde, leve e soberanamente agradável para os que podem apreciar a pequena xícara ao pôr do sol. Mantem a concentração em momentos importantes como estudos e reuniões tediosas. Ajuda a matar o tempo livre. Quem nunca interrompeu uma tarefa importante para chamar um colega para um cafezinho?  Um cafezinho inocente fecha grandes negócios, abre portas, sela compromisso, faz amigos, mas sobretudo te faz viver.

Brasil x Chile Copa 2014

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Força, foco, determinação. Julio Cesar mostrou hoje que não adianta apenas  técnica, é necessário concentração preparo físico e emocional. Cena linda demais. Ele esperava essa  chance de mudar sua história após a derrota do Brasil para a Holanda nas quartas de finais na última copa. E conseguiu! Salvou uma seleção e ajudou a colocar o Brasil para frente. Não conheço os bastidores da história pessoal do nosso goleiro, mas segundo ele, não foi fácil. Foram necessários quatro anos para que ele superasse o que ele considerou um erro. Foi sem dúvida uma experiência ruim e necessária para que ele pudesse se dedicar com intensidade para o dia de hoje e aprender com os erros que são sempre "inevitáveis" na vida de qualquer um. Em vez de se vitimizar ele correu atrás para melhorar  sua performance o que fez dele o grande ícone de hoje. Futebol é isso. Superação. É arte. Coisa maravilhosa é superar nossas expectativas, não?  Coisa linda é saber que seu esforço, sua dedica

Chocolate

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Quero chocolate. Sem neurose. Sem frescura. Sem estresse. Nada de preocupações bizarras com as medidas, a pancinha intrometida ou pelancas.  Sem culpa! Assim secamente digo: Quero chocolate. Não vou correr uma maratona ou malhar até não conseguir levantar o dedinho da mão. Vou comer apreciando cada mordidinha. Saboreando o pecado com imensa felicidade. Amo gordices. Não ligo para a doença do século: ser perfeitinha. Que saco isso! E daí comer besteira? E daí ter uma gordurinha aqui ou acolá? Não podemos é negligenciar a saúde, mas rejeitar deliberadamente um prazer como este? Blasfêmia!  Esqueçam isso, minha gente! Sejam felizes e se permitam, vez ou outra, viver uma orgia alimentar sem igual. Carpe Diem! Se eu morrer amanhã, estarei livre pra sempre das dietas infelizes e imbecis que estereotipam a mulher perfeita com o corpo desenhado em 3D. Nada de unir as belezas de cada atriz Hollywoodiana para fabricar uma mulher poderosa. Nada de invejar a Barbie...  estarei livre da

Escritor em crise

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Cortava o "t" e colocava lentamente os pingos nos "is" desanimado e propositalmente desalinhado em relação as linhas do caderno. Não tinha nenhuma vontade, ao menos naquele momento, de escrever mais nada. Nenhuma frase sequer poderia ser aproveitada. Sabia que apagaria deliberadamente aquele texto, ou quiçá toda a página. Lixo. Tudo iria para o lixo. Sem inspiração, sem ideias novas, sem nenhum assunto específico. Nada. Não lhe vinha a mente nenhum tópico ainda que repetisse obrigatoriamente todos os movimentos da escrita. A Semântica já não lhe favorecia. Língua bruta, afiada, signo inexato e significante abstrato. A Sintaxe, sua eterna inimiga, sempre teve seu respeito e temor, mas agora, alternava-se entre o Sujeito e o Predicado de uma forma ímpar, fazendo-o confundir os Essenciais Termos da Oração. Sim, como sempre fizera, atrapalhou-se entre o Vocativo e o Aposto de forma tão obscura que invocava quem não deveria estar na oração. A Morfologia sempre tão

Um carta para mim - Doze anos atrás

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Olá. Sei que pode parecer loucura encontrar uma carta futurista, mas acredite, é real. Hoje você tem apenas dezoito anos, mas voltar no tempo para te entregar esta carta  irá te ajudar a viver seus próximos doze anos da melhor forma possível. Portanto, os conselhos de uma balzaquiana serão muito uteis: Sim, o mundo não é justo, mas definitivamente você não é a única que sofre. Olhe a sua volta. Consegue enxergar quantas pessoas precisam de ajuda? Talvez você possa fazer bem mais do que tem feito. Seus pais não são perfeitos e agora você está descobrindo isso. Eles erraram, eles erram e você também se deu conta que eles errarão novamente. Agora você entendeu que eles são frágeis, são inseguros e não tem todas as respostas para as suas perguntas. Isso não quer dizer que eles não te amam, apenas que não são os super-heróis que pareciam ser. Não precisa ficar com raiva disso. Acredite, vai passar. No futuro, vocês serão muito amigos e o relacionamento será de igual para igua

Desespero

Aquela  vontade inconveniente sempre aparece nas horas mais complicadas, impossíveis e difíceis mesmo. Ele afrouxou o cinto de segurança liberando mais espaço na barriga. Se contorceu um pouco, respirou fundo, gemeu. Pediu ao colega para acelerar o carro. Repetia para si mesmo: já estou chegando... Não adiantava nada. Novamente se mexeu no banco do carona. Não sabia se ficando ereto ou se largando na cadeira podia melhorar alguma coisa. Aquilo ardia. Vontade louca, incontrolável de sair correndo.  Xingou um palavrão. Um não, muitos. Amaldiçoou o colega que ria da sua desgraça. Quis matar a velhinha que demorava a atravessar a rua. Ardendo, pensava. Já está ardendo.  O cego que insistia em atravessar com o sinal verde o tirou do sério. Xingou novamente o colega que freava muito, andava pouco.  Fechou os olhos contou até cinquenta. Gritou: para ali, para ali! Correu para o banheiro bateu a porta. Bexiga cheia. Ardendo. Não deu tempo de passar o trinco: maldição, penso

Maria não sabe

Maria usava preto Alguém disse: Preto não, Maria. Preto é mórbido. Maria passou a usar vermelho Alguém disse: Vermelho não, Maria. Vermelho é forte Maria passou a usar roxo Alguém disse:  Roxo não, Maria. Roxo é feio Maria passou a usar branco Alguém disse: Branco não, Maria. Branco é neutro. Maria tirou a roupa. Maria não sabe que  O que os outros pensam dela Não é da conta dela....

Biscoito de Chocolate

Eu e meu irmão quando éramos pequenos gostávamos muito de comer biscoito recheado de chocolate no lanche da tarde. Nem sempre minha mãe permitia, é claro. Muitas vezes ela nos enrolava e nos dava uma fruta um pedacinho de pão, um leite.  As poucas vezes que ela nos permitia roer nossos biscoitos preferidos eram sempre marcadas por muitas brigas. Eu e meu irmão queríamos um biscoito inteiro e ela nunca nos dava. Aquilo me parecia injusto. Eu deveria ter a opção de comer até que não aguentasse mais.  De qualquer forma, depois de muita conversa, aceitávamos (sempre) dividir ao meio nosso biscoito recheado.  Lembro como se fosse hoje, porque dali tirei muitas lições. Ela contava com os dedos os pares de biscoito e com uma faca cortava o pacote ao meio. Que dó, eu pensava, porque metade do "meu" biscoito era do meu irmão. Algumas vezes, para infelicidade dela, eu tenho certeza, a conta não dava muito certo e uma parte do biscoito ficava maior que a outra. Então, recome

7 formas de identificar um Ocioso

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Talvez eu ainda não tenha contato para você, mas a ideia de criar um blog chamado Ócio Sentido veio depois de muita análise. Dia desses me peguei reclamando da vida - como qualquer mortal - porque  eu não tenho muito tempo livre e  logicamente se eu tivesse, gostaria  aproveitá-lo da melhor forma possível.   Lembrei dos prazeres do ócio. Não fazer nada, literalmente. Um sonho! Segundo o Aurélio, a palavra Ócio significa não fazer nada, tempo que se pode dispor, descanso, repouso, vagar, vadiagem, preguiça, ociosidade. Pois bem... Fiz uma lista de identificação. Agora você  pode saber se é realmente um ocioso ou se seu amigo é um: 1 - Preguiça - Todo ocioso que se preze é um tremendo preguiçoso. Pede água a mãe/mulher  enquanto assiste filme no sofá, aproveita o amigo que levantou e pede pra pegar o papel da impressora, deixa para lavar a louça do jantar no dia seguinte e hum... dorme sem tomar banho. Esse último não é legal não... 2 - Postergador - Sabe aquela velha

3 Ociosos da TV

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Bem que eu podia ter pensando um pouco em mais alguns exemplos, teríamos centenas deles, mas... sabe como é né? Fiquei com preguiça. A ideia veio bem antes de dormir, então levantei correndo da cama para escrever os personagens que me vieram a mente antes que desaparecessem por completo. Então lá vai: 1) Seu Madruga. Ele ganharia o Oscar,  se eu pudesse entregar, claro. Uma figura desleixada, acomodada e especialmente preguiçosa que define o Ócio como ninguém: "Não existe trabalho ruim, o ruim é ter que trabalhar"  E por isso ele nunca, nunquinha mesmo arrumou um emprego ou pagou os alugueis atrasados. Não que eu me lembre.. 2) Jack Fuller ( Jogos de amor em Las Vegas) Em inglês chamado What happens in Vegas , interpretado por Ashton Kutcher e Cameron Diaz como Joy. O casal se conhece em LA e Jack decide apostar a moeda de Joy no caça níquel. Ele ganha e fica milionário. Só que um dia antes completamente bêbados eles tinham se casado. De quem é a

Diário não é coisa de menininha.

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Engana-se quem pensa que diário é coisa de menininha. Puro preconceito. Os meninos também gostam bastante de diários e fazem lá suas anotações. Imagino eu que talvez o conteúdo não seja o mesmo, afinal, eles não se dão  ao luxo de falarem sobre seus sentimentos. Escrevem coisas objetivas, lembretes... ideias... ou desenham. Já vi muito.  E sabe? Pensando bem, eles também não colecionam aqueles caderninhos coloridos cheios de corações e figurinhas porque até nisso são mais práticos. Anotam tudo onde der e couber.  Usam apenas uma cor de caneta e não tem o hábito de fazer florzinhas e corações nas páginas em branco. Por outro lado, enchem as linhas com todas as figuras geométricas que conhecem, isso quando não desenham qualquer bobeira sem sentido...ou não, o que inclui pornografia - é claro. Mas eles não chamam de diário. Chamam de caderno, óbvio né? Já as meninas, habituadas a dar diversos nomes para as coisas (sei lá porque tanta diversidade no mundo feminino...) chamam de

Imperfeições

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Depois de um dia agitado nada como tomar um banho relaxante e se jogar no sofá. Quer ócio melhor que ficar brincando com o controle remoto só pelo prazer de mudar de canal? É sensacional! Relaxante. Em algum desses canais passava - provavelmente pela milésima vez - O homem bicentenário. Para quem ainda não viu, uma breve palhinha: Numa sociedade futurista, robôs eram comprados por famílias americanas para realização de atividades domésticas.  Acontece que um dos defeitos de fabricação desse robô era a capacidade de aprendizado. Aos poucos, o robô vai adquirindo emoções, sentimentos e desenvolvendo uma personalidade própria. O  drama mostra claramente que o robô anseia mesmo em se tornar humano. Gosto muito do filme e no fim entendo que Andrew, o robô interpretado por Robin Williams, é  mais humano que muitos de nós, não é? O que mais me chama atenção durante a trama é sua luta incessante para adquirir todas as características humanas. Pesquisas cirurgias e muitos estudos.

10 maneiras divertidas de sentir o ócio nosso de cada dia:

1.     Dormir – Vamos lá, já parou para pensar o quanto estamos cansados? Andamos sempre correndo de um lado para o outro, sempre atrasados, postergando compromissos e cancelando um montão de tarefas só porque nosso dia não tem 30 horas 2.     Ler um bom livro – Claro! A leitura divertida e prazerosa está sempre presente em qualquer ócio bem vivido. Por ser um mundo literário e imaginário, contribui muito para criatividade e pode ser um grande aliado contra o estresse. 3.     Jardinagem – Gosta de flores? Essa é uma boa oportunidade para quem consegue ter em casa algo mais além de uma jiboia sobrevivente. Algumas plantas exigem bastantes cuidados e criá-las pode ser desafiador. Além disso, se você tem um jardim, ou uma cantinho pra flores, vai gostar de ver sua casa super colorida. Mas se você for como eu, fique apenas com aquela samambaia ou uma discreta jiboia que nem vê agua e raramente recebe algum tipo de adubo.  4.     Fotos – Se gosta de tirar fotos, esqueça

Tentando Escrever

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Foi assim, meio sem querer. Eu olhei para esse caderno Então puder ver Era uma grande oportunidade, Eu podia voltar a escrever Tamanha foi a dificuldade Eu parecia mais um bebê. Subitamente me dei conta, Eu não tinha mais essa habilidade Não sabia pegar no lápis, Não sabia cortar o “t”. Meu “i” e “e” eram iguais, Deficiências inatas do meu ser Complexo mesmo foi entender Que a mão dói quando rabisca, Que a falta de prática implica Em saber que já não se aplica, Nesta geração infame e virtual As simplicidades do mundo real

Da Infância

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Quando eu era criança, sonhava em ser adulta. Imaginava minha festa de quinze anos, meu primeiro carro, como seria ir para a faculdade... casar, viajar, ganhar dinheiro e gastar também. Quando eu era pequena não achava graça em ser criança. Ser adulto era muito melhor. Adulto podia ir à festa e voltar tarde. Podia beber, podia dançar, podia namorar. Ser adulto era demais! Criança tinha que estudar, dormir cedo, obedecer aos pais, fazer amiguinhos. Ser criança era chato e exigia atenção constante. Os adultos sempre seguros e espertos, representavam a maturidade que uma criança não tinha. Não choravam tanto quanto os pequenos, e nem brincavam de boneca. Adultos eram perfeitos, nobres, inteligentes. E fui crescendo e achando o máximo. Esticava o pescoço, abria o peito e saia curtindo com as meninas mais novas. Já não brincava mais com elas, não pulava elástico e nem queria lembrar  o que era pique pega. Crescer trazia seus benefícios e sabendo disso, eu queria todos. Uma vez cres

A Praça

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Ela senta na beira do banquinho velho de madeira para não molhar muito sua calça jeans e observa. Vê ao longe os mais velhos se esforçando para se alongar, alguns casais caminhando juntos enquanto conversam, jovens sentados dividindo musicas nos seus ipods. As crianças cheias de lamas brincando de correr nas poças recém formadas. O ceú ainda carregado ameaçando chuvas novamente. O sol aprisionado entre nuvens. Quase imperceptível.  E sente o aroma da terra molhada, a lama nos tênis, o cheiro forte das plantas ao redor da praça. Ela sabe que bem lá no fundo deveria se sentir bem. Apenas ser feliz. Entende que  felicidade não é ter, mas ser. Idealizar menos e viver mais. Ser feliz é bem mais racional que as pessoas pensam. Tem consciência que observar estas pessoas vivendo ao seu redor é especial. Um momento único. Sua respiração lenta e pesada vai aos poucos relaxando e se tornando mais lenta. Ela vai se alimentando gradualmente dos cheiros, dos sons e dos movimentos. Vai se