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Mostrando postagens de março, 2014

Diário não é coisa de menininha.

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Engana-se quem pensa que diário é coisa de menininha. Puro preconceito. Os meninos também gostam bastante de diários e fazem lá suas anotações. Imagino eu que talvez o conteúdo não seja o mesmo, afinal, eles não se dão  ao luxo de falarem sobre seus sentimentos. Escrevem coisas objetivas, lembretes... ideias... ou desenham. Já vi muito.  E sabe? Pensando bem, eles também não colecionam aqueles caderninhos coloridos cheios de corações e figurinhas porque até nisso são mais práticos. Anotam tudo onde der e couber.  Usam apenas uma cor de caneta e não tem o hábito de fazer florzinhas e corações nas páginas em branco. Por outro lado, enchem as linhas com todas as figuras geométricas que conhecem, isso quando não desenham qualquer bobeira sem sentido...ou não, o que inclui pornografia - é claro. Mas eles não chamam de diário. Chamam de caderno, óbvio né? Já as meninas, habituadas a dar diversos nomes para as coisas (sei lá porque tanta diversidade no mundo feminino...) chamam de

Imperfeições

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Depois de um dia agitado nada como tomar um banho relaxante e se jogar no sofá. Quer ócio melhor que ficar brincando com o controle remoto só pelo prazer de mudar de canal? É sensacional! Relaxante. Em algum desses canais passava - provavelmente pela milésima vez - O homem bicentenário. Para quem ainda não viu, uma breve palhinha: Numa sociedade futurista, robôs eram comprados por famílias americanas para realização de atividades domésticas.  Acontece que um dos defeitos de fabricação desse robô era a capacidade de aprendizado. Aos poucos, o robô vai adquirindo emoções, sentimentos e desenvolvendo uma personalidade própria. O  drama mostra claramente que o robô anseia mesmo em se tornar humano. Gosto muito do filme e no fim entendo que Andrew, o robô interpretado por Robin Williams, é  mais humano que muitos de nós, não é? O que mais me chama atenção durante a trama é sua luta incessante para adquirir todas as características humanas. Pesquisas cirurgias e muitos estudos.

10 maneiras divertidas de sentir o ócio nosso de cada dia:

1.     Dormir – Vamos lá, já parou para pensar o quanto estamos cansados? Andamos sempre correndo de um lado para o outro, sempre atrasados, postergando compromissos e cancelando um montão de tarefas só porque nosso dia não tem 30 horas 2.     Ler um bom livro – Claro! A leitura divertida e prazerosa está sempre presente em qualquer ócio bem vivido. Por ser um mundo literário e imaginário, contribui muito para criatividade e pode ser um grande aliado contra o estresse. 3.     Jardinagem – Gosta de flores? Essa é uma boa oportunidade para quem consegue ter em casa algo mais além de uma jiboia sobrevivente. Algumas plantas exigem bastantes cuidados e criá-las pode ser desafiador. Além disso, se você tem um jardim, ou uma cantinho pra flores, vai gostar de ver sua casa super colorida. Mas se você for como eu, fique apenas com aquela samambaia ou uma discreta jiboia que nem vê agua e raramente recebe algum tipo de adubo.  4.     Fotos – Se gosta de tirar fotos, esqueça

Tentando Escrever

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Foi assim, meio sem querer. Eu olhei para esse caderno Então puder ver Era uma grande oportunidade, Eu podia voltar a escrever Tamanha foi a dificuldade Eu parecia mais um bebê. Subitamente me dei conta, Eu não tinha mais essa habilidade Não sabia pegar no lápis, Não sabia cortar o “t”. Meu “i” e “e” eram iguais, Deficiências inatas do meu ser Complexo mesmo foi entender Que a mão dói quando rabisca, Que a falta de prática implica Em saber que já não se aplica, Nesta geração infame e virtual As simplicidades do mundo real

Da Infância

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Quando eu era criança, sonhava em ser adulta. Imaginava minha festa de quinze anos, meu primeiro carro, como seria ir para a faculdade... casar, viajar, ganhar dinheiro e gastar também. Quando eu era pequena não achava graça em ser criança. Ser adulto era muito melhor. Adulto podia ir à festa e voltar tarde. Podia beber, podia dançar, podia namorar. Ser adulto era demais! Criança tinha que estudar, dormir cedo, obedecer aos pais, fazer amiguinhos. Ser criança era chato e exigia atenção constante. Os adultos sempre seguros e espertos, representavam a maturidade que uma criança não tinha. Não choravam tanto quanto os pequenos, e nem brincavam de boneca. Adultos eram perfeitos, nobres, inteligentes. E fui crescendo e achando o máximo. Esticava o pescoço, abria o peito e saia curtindo com as meninas mais novas. Já não brincava mais com elas, não pulava elástico e nem queria lembrar  o que era pique pega. Crescer trazia seus benefícios e sabendo disso, eu queria todos. Uma vez cres

A Praça

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Ela senta na beira do banquinho velho de madeira para não molhar muito sua calça jeans e observa. Vê ao longe os mais velhos se esforçando para se alongar, alguns casais caminhando juntos enquanto conversam, jovens sentados dividindo musicas nos seus ipods. As crianças cheias de lamas brincando de correr nas poças recém formadas. O ceú ainda carregado ameaçando chuvas novamente. O sol aprisionado entre nuvens. Quase imperceptível.  E sente o aroma da terra molhada, a lama nos tênis, o cheiro forte das plantas ao redor da praça. Ela sabe que bem lá no fundo deveria se sentir bem. Apenas ser feliz. Entende que  felicidade não é ter, mas ser. Idealizar menos e viver mais. Ser feliz é bem mais racional que as pessoas pensam. Tem consciência que observar estas pessoas vivendo ao seu redor é especial. Um momento único. Sua respiração lenta e pesada vai aos poucos relaxando e se tornando mais lenta. Ela vai se alimentando gradualmente dos cheiros, dos sons e dos movimentos. Vai se
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"Não há nada mais gostoso que um amor correspondido" Vinicius de Moraes