O sentido das coisas


Nascemos e vivemos com planos, atividades, sonhos, idealizações. Andamos atarefados, estressados. Será que postergamos o prazer imediato em troca de pequenos sacrifícios diários?
Trabalhamos um pouco mais para terminar um projeto, estudamos um pouco mais para entrar na faculdade ou para terminar aquele tão esperado MBA, que nem vai mudar sua vida; ou ainda para passar naquele concurso onde a relação candidato/vaga é de um milhão para cem vagas. Depois dedicamos grande parte dos nossos dias em atividades rotineiras, corriqueiras obrigatórias, como: calibrar o pneu do carro e fazer milhões de manutenções, limpar a casa, ir ao mercado, passar no dentista, fazer check up, voltar ao mercado (fato! Esquecemos algo?), preparar comida... Milhões de coisas loucas diárias que se multiplicam como um vírus na nossa vida.
Então vem os filhos, o casamento, os pais, os amigos, os colegas e toda a sorte de relacionamentos quaisquer que tenhamos nos nossos ciclos e meio social. Seja quem for e como for, sempre fazem aniversário, precisam de conselho, pedem ajuda, cobram carinho, esperam retorno etc. Raramente conseguimos dar conta quando os contatos se multiplicam exponencialmente. Um amigo de uma amigo seu, se torna de repente um  forte candidato a dependência social, emocional.
Depois vem você e suas necessidades físicas e emocionais: primeiro percebe que precisa descansar mais, dormir mais, caminhar mais, se exercitar mais, comer mais, sair mais, se divertir mais, rir mais e fazer infinitas coisas mais.
E os poucos hobbies esquecidos de lado por tamanha obrigação e necessidade se tornam na melhor das hipóteses um sonho e tanto. Uma grande oportunidade de se divertir e fazer coisas realmente interessantes sem o menor interesse na competição acirrada das nossas vidas, e sem cobranças excessivas. 
A felicidades estava todo tempo a um passo. Um passo de se colocar em primeiro lugar por um momento sem medo de se tornar egoísta e incompreendido. Um passo de entender que priorizar suas necessidades faz de você um ser perfeitamente normal. Que limitar suas atividades e obrigações é uma escolha sábia e inteligente. Que o ócio é também produtivo e aceitável e bem melhor que isso, muito prazeroso. 
Que escolher atividades que tenham a ver com seu jeito, personalidade e gostos faz de você único e especial para si mesmo. E eu sei que você pode pensar que se trata de autoestima e autoajuda, coisa alguma! Trata-se de saúde e sanidade mental. Mas para reconhecer isso, talvez você precise aguardar mais algum tempo; o necessário para se perguntar apenas, qual o sentido das coisas? Por quê fazemos isso tudo? Para quê? Tente buscar suas respostas e confirmar se estão de acordo com o que realmente sente. Depois questione se é o que de fato  precisa fazer. Bom exercício e seja feliz.



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