O lado negro



O lado negro escondido, intocável, imutável. A parte feia que se esconde, que se oprime, que se mata.
O seu outro eu. Seu lado imperfeito. Sua parte má, seu pedaço podre, sua alma feia.
Seu cisne negro que se esconde atras de uma ave alva. O fétido e mortal comportamento perfeito, a dissimulação descarada, essa cara lavada.
Esse cisne manchado, essa ave fingida. Esse branco defeituoso escondido em tua vida.
Ave negra egoísta, ave assassina, ave homicida, ave maldita. Esse negro opressor, mentiroso e covarde. Esse lado ruim, lado de dor. Essa parte quebrada, incomum. Em raros momentos aparecem, em pequenos detalhes se encontram lapsos do cisne defeituoso. Cisne fingido, cisne mal. Engana os outros através da pureza maligna, da bondade impura, por puro prazer. Habilidoso cisne negro que se esconde numa capa benevolente, num rosto clemente, num corpo frágil. Cisne maldito, cisne negro misturado e entranhado no bem de forma inseparável, insondável, indivisível, impossível consertar.
Esse mal que te alimenta, é o que te dá vigor, te sustenta e te dá forças para continuar. E nem é muito difícil cisne maldito, continuar a dissimular. Se porventura teu mal aparece, brota à superfície como uma espécie de falha, com uma cara contrita e expressão de dor, começa o seu teatro. Logo, logo tudo se esquece e seu cisne branco começa a brilhar. Mas seu olhos trapaceiros, revelam no fundo, sua doce mentira, pois brilham durante seu engodo e revelam sua satisfação. Uma pena cisne nojento que não se atentem aos olhos, pois no fundo veriam sua verdadeira escuridão


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